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Fala MV

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 O NOVO ENSINO MÉDIO ESTÁ EM XEQUE

      Nos últimos dias, surgiram notícias sobre um movimento de estudantes, que vem crescendo em todo o país, pedindo a revogação do Novo Ensino Médio (NEM). Além disso, parlamentares da comissão de educação do PSOL protocolaram um projeto de decreto legislativo que susta o cronograma nacional de implementação do Novo Ensino Médio.

     A lei do NEM foi promulgada em 2017, mas, somente a partir de 2022, as escolas passaram a adotar as mudanças, na prática. Com isso, começaram a surgir dúvidas, incertezas e opiniões divergentes.

 

    Por muito tempo, discutiu-se a falência do Ensino Médio, pois, era grande o descontentamento por parte dos estudantes: baixa taxa de conclusão, o programa das disciplinas “engessado” construído de uma forma totalmente desconectada,  aprendizado aquém do esperado, tendo em vista os resultados insignificantes dos indicadores de aprendizagem.

     É importante fazer um pequeno resumo da Lei 13.415/2017 que reformulou o Ensino Médio no Brasil.

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     O NEM sempre destacou o protagonismo que o estudante teria, fazendo-o responsável pela construção do seu caminho em busca do conhecimento.

Havia uma expectativa para que, com a escolha de trilhas de estudo de acordo com a sua preferência, o aluno tivesse um bom rendimento, uma vez que seguiria apenas aquelas disciplinas que tinham interesse com aulas mais atraentes. Muito interessante também a existência de disciplinas eletivas e do Projeto de Vida.

 

  Embora seja uma iniciativa importante para a melhoria da educação no país e que tem pontos positivos, existem algumas dificuldades encontradas na sua implementação na prática. Algumas delas são:

 

  • muitas escolas não possuem a infraestrutura necessária para implementar o novo modelo de ensino;

  • os professores precisam ser capacitados para trabalhar com o novo modelo de ensino e lidar com a diversidade curricular, mas muitos ainda não tiveram acesso à formação adequada;

  • a implementação do novo modelo de ensino exige investimentos financeiros controlados, o que pode ser um desafio em um cenário de crise econômica e de restrições orçamentárias;

  • uma das propostas do novo modelo de ensino é a integração das diferentes áreas de conhecimento, o que pode ser um desafio na prática, já que muitas vezes os professores trabalham a sua disciplina de forma isolada, sem uma cultura de colaboração e interdisciplinaridade.

  • a implementação do novo modelo de ensino requer novos métodos de avaliação dos alunos, que vão além da aplicação de provas tradicionais. Isso pode ser um desafio para os educadores e estudantes que ainda estão acostumados com os métodos de avaliação antigos.

  • falta a definição, até o momento, das regras claras e definitivas sobre o primeiro ENEM do novo Ensino Médio, que será realizado em 2024.

     Espera-se que haja, o mais brevemente possível, discussões  sérias e profundas  sobre  os  questionamentos  que  surgiram.  Os pontos positivos devem ser mantidos e, para os negativos, deve haver uma rápida busca de soluções. Não tem como esperar muito porque, a cada dia que passa, os prejuízos se acumulam. A sociedade tem que se informar sobre o assunto e participar de discussões, pois, o que está em jogo é a formação dos nossos filhos e o futuro da  nossa nação.

MV, mar/23

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UCRÂNIA E TURQUIA     

      Durante a maior parte do ano passado, vimos imagens de prédios destruídos em diversas cidades da Ucrânia. No início deste ano, imagens de prédios totalmente destruídos na Turquia e na Síria.

Imagens bastante parecidas. No entanto, as causas são bem distintas.

      Na Turquia e na Síria, forças da natureza resultantes da acomodação dos blocos rochosos, abaixo do solo, com liberação de grande quantidade de energia, de repente, provocam grande destruição, tirando milhares de vidas e deixando um número incontável de desabrigados.

      Na Ucrânia, as forças humanas após um ano de bombardeios em cidades destruindo casas, escolas, hospitais, monumentos, provocam semelhante destruição deixando filhos órfãos e famílias sem um teto.

     Com relação às forças da natureza (terremotos, chuvas, furacões...) nada se pode fazer pois são eventos imprevisíveis que podem acontecer em qualquer lugar.

      Mas as guerras...estas são evitáveis desde que haja boa vontade,  esforços diplomáticos, diálogo construtivo e outras medidas preventivas. Na maioria das vezes elas são causadas por motivos políticos, econômicos, religiosos.       A falta de diálogo e de compreensão entre os dirigentes faz com que as populações das zonas envolvidas sofram os horrores da destruição das bombas cada vez mais fortes e certeiras.

      Um mundo precisa de PAZ! O mundo precisa de mais AMOR!

MV, fev/23

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A TECNOLOGIA ESTÁ EM NOSSA VIDA

     Está claro que a tecnologia já é uma realidade em nossa vida e convivemos com ela em todos os momentos. Mudanças ocorridas muito rapidamente que afetam a vida do ser humano  fizeram com que soluções fossem buscadas para a adaptação aos novos tempos. 

     Vamos tomar, como exemplo, a comunicação e o acesso à informação. Nossos familiares que viveram no início do século passado, sabiam das notícias através do bate-papo com amigos, lendo jornais ou através de cartas que levavam longos dias para chegar até eles. Depois surgiu o rádio que trazia as notícias com extrema rapidez. Já na metade do século 20, a televisão traz não somente o som, mas também as imagens ao vivo, em qualquer lugar do planeta. Inicialmente, em tela com tubos de imagens enormes, elas exigiam, imaginem só, que a gente se levantasse para trocar de canal. Uns três ou quatro se muito. 

     Algum tempo depois surgem os computadores e a revolução da internet: um mundo de informações em telas cada vez menores até chegarem à palma das nossas mãos com os aparelhos de telefonia celular.

     Fazemos transações financeiras, marcamos viagens, visitamos lugares, ouvimos música, assistimos a filmes, postamos passagens da nossa vida e observamos a vida dos outros. Tudo através de um celular na nossa mão.

      Este mundo novo requer muitos cuidados. Cuidados para não vermos famílias em mesas de restaurante e até em casa, cada um com a atenção no celular; cuidado para não termos grupos de jovens sentados próximos, mas cada um com a atenção no celular; cuidados para não sofrermos acidentes por estar com a atenção no celular; cuidado para não abrir as “portas” da nossa casa para qualquer um devido ao celular.

     Não se trata de ser contra a tecnologia e as mudanças. Seria insensato e nem um pouco inteligente. Mas é sobre aproveitar tudo de bom que a tecnologia traz sem deixar que ela tome conta da nossa vida. Somos nós que devemos ter o controle da situação. E, para isso, é importante que saibamos utilizar tudo que está em nossas mãos com bom senso e sabedoria.

MV, fev/23

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FELIZ 2023

 

     Os anos de 2020 e 2021 foram inesquecíveis para a Educação no Brasil. A pandemia colocou alunos e professores distantes, unidos apenas pela tela de um computador, tablet ou celular. Com as restrições causadas pela necessidade de distanciamento social, a internet foi o único meio possível de transmissão das aulas. E o que se viu inicialmente foi um desespero geral. Após um certo tempo, as coisas se acomodaram e, bem ou mal, as aulas fluíram. No entanto, o que se via eram professores e alunos solitários se esforçando para que a perda fosse a menor possível. No final desse período, em que o aprendizado foi reduzido e as promoções foram praticamente automáticas, chegou a hora de refletir sobre o tempo perdido e planejar a sua recuperação.

O ano de  2022 foi o momento de reorganizar o estudo, voltar totalmente às aulas e provas presenciais, enfim. Voltar ao que se praticou até 2019, antes da pandemia. Mas será que nada mudou? Será que da mesma maneira que a aula presencial foi transformada em remota, a aula remota somente voltou a ser presencial?

     Com as adversidades sempre se procura aprender mais. As dificuldades nos transformam em inovadores. Os obstáculos existem para serem transpostos. Mas, se nada mudou após o período de pandemia, se novos pensamentos não surgiram, realmente foi um tempo totalmente perdido. 

     Depois de tudo o que passamos tem que haver mudanças. E quando falo em mudanças, penso no aluno que deve valorizar mais as suas aulas, os seus professores, os seus colegas, o seu precioso tempo na escola. Nada substitui o contato humano, pessoal, presencial. Penso no professor que deve acolher mais os seus alunos, muitos com sequelas emocionais e reorganizar a sua maneira de dar aulas, usando as novas tecnologias adquiridas mas, lembrando que, naquelas carteiras há jovens e crianças vivendo um mundo confuso, cheio de incertezas e precisando de orientações para a vida e não somente de uma avalanche de conteúdos que nem sempre terão aplicação na sua vida prática.

     Para 2023, temos que finalmente fugir dos métodos tradicionais e procurar desenvolver nos nossos alunos a capacidade de pensar. Paulo Freire já criticava a escola que fazia da cabeça do aluno um depósito de teorias, regras, fórmulas e dados, necessários para passar em um vestibular, mas que não são tão importantes para formá-los para a vida. O professor tem que alertar a sociedade que mudanças devem ocorrer se quisermos nossos jovens preparados para enfrentar o futuro. Mudanças têm que ocorrer nas avaliações, nos materiais didáticos, na forma de acesso ao Ensino Superior. Mudanças nas aulas que têm que ser transformadas em debates e não em monólogos.  Mudanças têm que ocorrer para que as escolas  se conscientizem de que são empresas, sim, mas que não trabalham com produtos para simples revenda: trabalham com pessoas, seres humanos que têm vida, emoções, incertezas, carências emocionais, esperanças.

     Professor, faça a diferença!

MV, dez/2022

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Marcos Pinheiro Monteiro

 

     Foi esta figura sensacional, ser humano incrível, que me colocou no caminho da Educação. Ele foi meu professor de Química por dois anos. Logo após o vestibular, ele me chamou para ensinar Ciências nas Oitavas Séries do 1º Grau. Eu aceitei. Não tinha ainda 18 anos de idade, era estudante da UFS, e eu assumi duas turmas no CCPA Centro, na rua de Estância. No ano seguinte, o professor Marcos me convidou para lecionar Física nos Terceiros anos do 2º Grau. Um desafio e tanto. Dava aula até para alunos mais velhos e assim continuei como professor por longos 35 anos de sala de aula até assumir a função de vice-diretor.

     O professor Marcos era uma pessoa espetacular. Mesmo com um jeito aparentemente sisudo, era amigo dos seus alunos. Como patrão, tratava os seus funcionários com todo o respeito e as portas de sua sala estavam sempre abertas para quem quisesse procurá-lo. De tudo ele sabia conversar. Era uma enciclopédia ambulante. E eu ficava conversando com ele, ouvindo os seus casos, sem sentir a hora passar. Como sinto saudades dos nossos bate-papos.

     Partiu cedo. Mas deixou-nos muitos ensinamentos. 

   Neste início de postagens, no meu novo perfil, rendo homenagens a este grande educador, a esta pessoa inesquecível que realizou, juntamente com D. Vanda, um sonho lindo que foi responsável pela formação de centenas de pessoas ao longo destes últimos anos.

MV, nov/2022

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Bom dia, terceirão.

      Que alegria poder abrir esta aula da saudade de 2022.

     Olhando aqui para vocês, relembro do meu terceirão. Era uma turma única de muito tempo atrás, em outra época, com outras pessoas, mas formada por jovens com o mesmo sonho: seguir rumo ao ensino superior.

     Tive a oportunidade de começar a ensinar aos 17 anos de idade. Aos 18, fui professor da minha primeira turma de terceirão. Já tive alunos mais velhos que eu. Ao longo de 35 anos, permaneci lecionando Física e hoje, quando eu olho pra vocês vejo uma das magias de ser professor. Os anos se passaram para mim, mas vocês… têm a mesma idade que os meus alunos da minha primeira turma tinham. E isso nos mantém a cabeça jovem apesar dos cabelos brancos que surgem.

     Em toda a minha jornada busquei fazer com que minhas atitudes não fossem de encontro às minhas palavras. Cresci sempre apoiado por pessoas e não derrubando-as. Procurei pautar a minha vida profissional em algumas palavras para serem vividas, não apenas pronunciadas ao vento, e que eu deixo aqui para vocês, como a minha mensagem de formatura: DIGNIDADE, EMPATIA, FAMÍLIA, RESILIÊNCIA, AMOR, AMIZADE, CARINHO, RESPEITO, HUMANIDADE, RESPONSABILIDADE, HARMONIA, HUMILDADE, GRATIDÃO, BOM SENSO, SABEDORIA…

     Para finalizar, falta uma palavrinha muito importante que somente estará presente em sua vida se as anteriores também existirem: estou falando de PAZ. É ela que nos diz que estamos no caminho certo e que permite deitarmos a cabeça no travesseiro e termos uma noite tranquila e um acordar cheio de esperanças. Assim poderemos nos tornar pessoas cada vez melhores

MV, nov/2022

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Motivação para a vida

 

     De vez em quando paramos para pensar nas nossas vidas: no que vivemos, no que fizemos e no que ainda iremos fazer. 

      A nossa passagem terrena como professor é recheada de aprendizados e ensinamentos que compõem o nosso SABER; para ter sucesso na jornada são exigidas de nós AÇÕES ditadas pela sabedoria e além disso, precisamos, dia após dia, passar por uma constante EVOLUÇÃO.

 

     Busquemos inspiração na Natureza.

Observemos os pássaros, vejamos o bater de suas asas e deliciemo-nos com o seu canto;

acompanhemos o doce movimento do mar na branca areia da praia;

vejamos o belo colorido das flores e sintamos o agradável aroma do campo;

deixemos o vento bater no nosso rosto e levemente assanhar os nossos cabelos;

Entremos em sintonia com a natureza e sintamos a paz invadir os nossos corações.

    Vamos tentar nos manter motivados

Tenhamos sempre em mente o dom de sonhar e buscar constantemente atingir os nossos objetivos;

Construamos castelos com as pedras em nós atiradas durante a jornada;

na hora do desânimo, encontremos forças nas pessoas queridas e que precisam de nós;

e, se tivermos nas mãos apenas um pequeno lápis, lembremo-nos de que, com ele, podemos escrever uma linda história de vida.

Com uma simples aquarela podemos colorir o mundo.

com um gesto de carinho e atenção conseguiremos mudar aqueles que estão à nossa volta.

     Apaixonemo-nos por quem somos e pelo que fazemos.

Aquilo que é feito com amor, dedicação, tem um brilho especial que ilumina tudo à volta. Não deixemos jamais apagar esse brilho. Dediquemo-nos àqueles que amamos e que nos amam, pois eles são a nossa base de sustentação e firmeza e a nossa razão de viver.

     Nos momentos de crise e desespero, em que os ânimos estão alterados e as decisões nem sempre são as mais corretas, sejamos os portadores do equilíbrio e do bom senso.  Sejamos uma ponte tranquila que leva para um ambiente de paz e não um muro frio que afasta as pessoas. 

     A vida já é tão difícil e cheia de problemas, guerras e tormentas... Que as nossas palavras tenham a doçura daqueles que buscam a paz e as nossas ações sejam perpetuadas pelos nossos entes mais queridos como modelos de conduta e comportamento. Cuidemos da nossa vida como se fosse um grande tesouro. Vivamos com honestidade e honradez. O nosso exemplo de vida será a maior herança que deixaremos para nossos filhos.

     Se o bom viver for um delicioso bolo, eis aqui uma  boa receita. Fácil? Nem tanto. Temos momentos felizes e outros nem tanto. Mas o importante é que, nos momentos de fraqueza, podemos nos reerguer. E esses ingredientes têm que estar dentro de cada um de nós, e espalhar-se por todos que nos rodeiam.

Deixamos marcas por onde passamos. Cada um vai deixar uma marca. Vivendo intensamente o presente  e jamais esquecendo os ensinamentos do passado, vamos trabalhar com afinco para o futuro.

Vamos aproveitar cada instante que temos para aprimorar cada vez mais as boas receitas que dão certo.

 

MV, out de 2022

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